quinta-feira, 30 de junho de 2011

Miss. Éria

              Éria; deve de ser uma moça bonita. Meio que devagar ela vai tomando conta dos ouvidos das pessoas de qualquer lugar.

             Eu vejo a despreocupação das autoridades com a cultura de sua cidade, e não sei bem ao certo o que me vem à cabeça, mas sei que é cansaço, estafa, e o pior é que não há quem diga NÃO, não há quem queira fazer a diferença, as pessoas parecem perder o senso do que se chama coragem, e dão lugar a vergonha, deviam sentir vergonha sim, mas da situação em que se encontram, vergonha do apelo a sexualidade, que querendo ou não, influênciam o meio. Adolescentes que escutam uma música de Elis, Luíz Gonzaga, Chico Buarque, ou no mais recente de Karina Buhr, e dizem: - Que merda é essa? - Realmente, eles não estão errados, se os coitados não têm um mínino de intelectualidade pra discernir o que é bom e o que é ruim. Ás vezes me pergunto se sou ingênuo ou se realmente tem jeito pra esses, porque sinceramente eu acredito que há jeito, afinal eu estou agora reclamando desses, dos quais um dia compactuei dos mesmos pensamentos. A cultura liberta sim, a arte liberta sim, o problema é que não há espaço, nem quem queira mesmo sem espaço, fazer sua parte. Ouvi dizerem que a programação do FIG 2011 está uma bosta, bosta está a cara de quem disse isso, uma programação que pode-se dizer, sim, nesse festival eu vou ouvir algo que se diferencia dos demais dias dessa cidade, música de qualidade, o que a maioria não dá valor, e dizem: - Oxe bicho, Garanhuns tá andando pra trás veio, festival ruim da porra. - agora diga que vem aviões do forró, do qual eu não me atrevo nem a escrever de letra maiúscula, a maioria celebraria, sinto pena disso tudo, mas prefiro dizer, que acima da pena, sinto euforia em dizer que me revolto á isso, e que quero fazer alguma coisa, e vocês também, não há motivos para se envergonhar quando se fala de arte(ar-te), pense na arte que foi pra lhe colocar nesse mundo(rs), a vida é bem mais vasta, e tenho certeza de que se a sensibilidade que um pintor tem para passar para sua tela um mundo do qual ele sonha, tivéssimos, sonharíamos juntos, por um mundo o qual seria nossa satisfação.

           Pensem nisso, façam algo, todos precisam conhecer a arte, e dêem valor ao que existe tão perto
           A moça que pra tantos é bonita, é Miss pela excelência dos ignorantes, Miss.Éria

           Estou cansado da miséria.

Pois é, pois é.

São João passou
Passou-se as festas juninas
Mas o meu gosto pela terra
Não me é quente só por instante;
É fervoroso
O tempo todo
É fio cortante
Que me corta a tristeza
A solidão
Me deixa besta
desapercebido
dos maus fluídos
Minha terra é muito boa
Seja calor, seja garoa.
A minha terra é muito boa.

Doado.

Buscapé
Se eu fosse pacato
Chato
Nem pangaré
Nem gato
Nem pato
Era eu só
Mas pela graça divina
Beija-flor


Pedro Lírios.(Álefe de Albuquerque)

domingo, 5 de junho de 2011

Atittude

Frappé
Assemblé
Coupé
Pas de Bourré
Pas de Basqué
Battement
Bateria
Arabesque
Atittude


Cadê tua astúcia
Tua atitude?

Álefe Albuquerque

Teatro Invisível



             A invisibilidade neste caso, habita na mente dos espect-atores, os quais ficam na inocência de uma qualquer movimentação cotidiana, da qual se faz direito a atenção, muitos acabam se envolvendo sem mesmo saber do que se trata na realidade, outros nem olham, mas a idéia segundo Augusto Boal com suas experiências é essa, fazer de algum assunto o qual traz insatisfação, a insatisfação de todos, ou da maioria, abrir a mente dos quais assistem para que não sejam apenas espect-atores enquanto cena vista, mas ao decorrer de sua vida, a partir daquele dia em que em sua frente foi lhe posto um espetáculo do teatro invisível, ele tenha conciência do que viu. O que digo também, com a decorrer leitura do dramaturgo, é que não se deve explicar o que é aquilo que fez, afinal é teatro invisível, apenas os atores sabem de sua existência naquele exato momento, os outros não.
           PS. O Teatro invisível deve ser feito em qualquer lugar que visione o público, sendo um ônibus, praças, ou até mesmo em frente a sua casa.

Augusto Boal...o pai do Teatro do Oprimido.
 



Uma das vias do Teatro: O Teatro invisível.